Quando percebemos que teríamos de fazer escala entre o Cambodja e a Indonésia decidimos que queríamos que fosse em Singapura, já que era um destino muito desejado e que fazia parte da nossa bucket list.
Fiquei completamente apaixonada pela organização, modernidade, dinamismo, segurança e pelos prédios super modernos e arrojados. Numa cidade de grande dimensão o que mais me espantou foi a limpeza e a quantidade de árvores e zonas verdes. Existem zonas verdes em TODA a cidade e em todos os edificios.
LOCALIZAÇÃO:
Singapura é uma cidade-Estado com cerca de 5 milhões de habitantes. É o país mais pequeno do Sudeste Asiático mas o mais moderno e desenvolvido do Sudeste Asiático. E como tal é também o mais caro.
É uma ilha e fica no extremo sul da Península da Malásia (próximo do Camboja, Vietname, Indonésia, Filipinas).
O QUE VISITAR:
Arab Street:
A Arab Street é uma rua que fica a 5 minutos a pé da Bugis Street (tem uma paragem de metro) e é uma rua colorida, com muitas casas típicas, lojinhas com produtos árabes e restaurantes.
No final da rua fica a Sultan Mosque, uma das mesquitas mais tradicionais de Singapura.
Little Índia:
A partir da Arab Street ou Bugis Street são menos de 15 minutos de caminhada até começarmos a ver as cores mais fortes, o cheiro tão típico e característico e a arquitectura totalmente diferente. É uma zona com várias lojas típicas, restaurantes, alguns templos e a famosa e colorida Residência de Tan Teng Niah (37 Kerbau Road).
É tudo muito organizado, limpinho, colorido e cheiroso e o ideal é ser visitado durante o dia.
China Town
É a parte da cidade onde está a maior concentração de turistas, hostels e restaurantes com preços atrativos (principalmente na China Town Food Street).
Lá encontramos o templo Budista Buddha Tooth Relic Temple, um templo muito bonito que fecha às 17h. Pertinho, pertinho está também o templo Hindu Sri Mariamman Temple, onde às 18h acontece uma cerimônia muito elogiada.
Clarke Quay
Para quem está no China Town, vale muito a pena ir caminhando (10 min) até Clarke Quay. É uma das áreas mais agradáveis de Singapura para relaxar ao final do dia.
Encontramos várias opções de restaurantes, pubs e lojas em prédios coloridos que no final de tarde ganham outro encanto por causa das imensas luzinhas e cores. Ali também fica o famoso e colorido prédio Old Hill Street Police Station (140 Hill Street).
Merlion Park
É onde está o Leão símbolo de Singapura, o Merlion. Fica do outro lado da baía com vista para o Marina Sands Bay que também tem mais encanto de noite, quando as luzes já estão acesas.
Do outro lado da baía está o Gardens by the Bay a 20 minutos de distância (a pé).
Gardens By The Bay
É no Gardens by the Bay que estão as famosas super árvores futurísticas de Singapura. É uma experiência sensorial incrível e absolutamente imperdível.
É dali também que se vê o Marina Bay Sands, o famoso hotel de onde se faz a tradicional foto do skyline dentro da piscina infinita. Do jardim também dá para ver a Singapore Flyer, a roda gigante de Cingapura que fica ainda mais bonita à noite.
As super árvores foram construídas de forma a fazer um uso sustentável dos recursos naturais: recolhem água da chuva e contém celulas fotovoltaicas que permitem também acumular a energia elétrica utilizada no final do dia em sua iluminação.
Após o por do sol, ocorre um espetáculo gratuito de luzes e sons na área das super árvores. Começa às 19:45h e repete-se novamente às 20:45h. Foi um momento muito bonito do nosso dia e atrevo-me a dizer que foi o mais especial e a melhor forma de terminar a visita por Singapura.
Jardim Botânico
Um verdadeiro paraíso. Muito bem cuidado e com mais de 150 anos de história, milhares de espécies de plantas, árvores e um dos grandes destaques do jardim botânico é o National Orchid Garden, que tem a maior exposição de orquídeas tropicais do mundo. São mais de 1.000 espécies de orquídeas.
Um lugar muito especial e revigorante em que é visível o minucioso cuidado que têm com todos os pormenores.
A entrada é gratuita; porém, o acesso ao National Orchid Garden é pago. O custo é de SGD 5. Estudantes e maiores de 60 anos pagam SGD 1. Menores de 12 anos não pagam.
Estão abertos diariamente das 5h às 00h00. O National Orchid Garden está aberto diariamente das 8h30 às 19h, sendo que os bilhetes são vendidos apenas até às 18h00
O Jardim fica numa região chamada Tanglin, relativamente perto dos shoppings da Orchard Rd. O ideal é ir de autocarro.
GASTRONOMIA:
Existem diversas opção de comida e restaurantes. Os preços das refeições são mais elevados do que em muitos outros países asiáticos.
Em todos os mercados, perto das estações de metro e atrações turísticas sempre tem um food court, afinal os trabalhadores locais também precisam comer. Uma das refeições que fizemos foi num local que não haviam turistas e foi super interessante vermos a realidade dos trabalhadores e a comida era muito boa.
TRANSPORTE
A pé: É uma cidade onde as distâncias não são longas e cada rua é uma novidade, por isso vale a pena andar pela cidade e ir descobrindo coisas novas.
Metro: Dependendo do trajeto, pode demorar mais usar o metro do que caminhar, mas a verdade é que ajuda muito quando o cansaço já é muito e para fugir do calor que se faz sentir. Nós usamos metro algumas vezes e foi a nossa opção para quando chegamos a Singapura para ir do aeroporto ao centro da cidade e vice-versa.
ONDE DORMIR:
Em Singapura os hotéis são MUITO caros e optamos por ficar num mais baratinho e central. O escolhido foi o Hotel Clover 7e o quarto era realmente pequenino mas confortável e no coração da cidade. Foi uma experiência diferente ficar num quarto tão pequenino em que quase não tínhamos espaço para as malas.
E além disso era dos poucos que tinha incluído o pequeno-almoço.
VISTO:
É apenas obrigatório passaporte com validade superior a 6 meses
MOEDA:
A moeda de Singapura é o Dólar Singapuriano (SGD).
Existem diversas casas de câmbio e é muito fácil conseguir trocar Euros e Dólares Americanos (USD).
Foi uma agradável surpresa visitar e conhecer Singapura.
Um país encantador mas muito sofrido. Pessoas simples, simpáticas e sorridentes. Terra de templos milenares e de cultura riquíssima.
O Camboja foi durante muito tempo o lar do Império Khmer mas actualmente é um dos destinos mais procurados e visitados do Sudeste Asiático. E claro que em grande parte se deve ao maravilhoso complexo de Templos de Angkor Wat, que fica pertíssimo de Siem Reap (5,5 Km).
LOCALIZAÇÃO:
O Cambodja está localizado no Sudeste Asiático, e faz fronteira a Noroeste com a Tailândia, a Nordeste com o Laos e com o Vietname a Leste.
A capital do país é Phnom Penh e fica a Sul do Camboja.
Existem dois aeroportos principais: um em Phnom Penh, a capital do Camboja, e outro em Siem Reap, a cidade mais visitada, tudo por causa de Angkor Wat.
O QUE VISITÁMOS:
O nosso propósito de visitar o Camboja era ir a Angkor Wat que era um destino de sonho para mim. Estava na minha bucket list e indo para a Ásia novamente não podia deixar de visitar.
Ficamos a dormir em Siem Reap e dessa forma conseguimos ficar próximos de Angkor Wat e ainda explorar e conhecer a loucura de Siem Reap.
- SOBRE ANGKOR WAT:
No meio de uma floresta no Cambodja o império Khmer construiu, no século IX, na antiga capital um bem precioso que resistiu: Angkor Wat.
As ruínas são consideradas Património da Humanidade pela UNESCO e durante muito tempo Angkor foi a capital do poderoso Império Khmer, chegando a ser considerada a maior cidade do mundo, com quase um milhão de habitantes.
Angkor Wat significa cidade templo e é um enorme projecto de engenharia, não só pelo tamanho, mas pelo engenho de ter sido construído sob água. É quase como se flutuasse sobre um pântano sustentado por várias camadas. É fascinante e demorou apenas 37 anos a ser construído.
São cerca de 300 templos mas Angkor Wat éo mais importante e famoso templo do complexo de Angkor efoi construído a pedido do rei Suryavarman IIque, que segundo consta, assumiu o poder depois de assassinar o rei anterior enquanto passeava de elefante.
Durante, aproximadamente, 400 anos a religião oficial do império Império Khmer foi a hindu mas tudo mudou quando outro rei, no começo do século XII, assumiu o poder. Jayavarman VII converteu-se ao budismo e instituiu esta como a religião oficial do império até hoje.
Tinha imensas expectativas por ser algo tão desejado por mim e a verdade é que superou as expectativas. É impressionante e a visitar pelo menos uma vez na vida, por isso sinto-me muito agradecida e abençoada por já ter tido esta oportunidade.
O que decidimos fazer, para visitar o complexo de templos, foi contratar um serviço de transporte e foi uma excelente ideia. Super baratinho e o motorista acompanhava-nos para todo lado e até nos arranjou um guia para a visita, o que tornou tudo mais especial porque ficamos com um maior conhecimento.
Os bilhetes são comprados no Complexo e existem bilhetes para um dia e três dias e os valores são de $20 e $40, respectivamente. Vale a pena comprar para 3 dias porque o complexo é ENORME e merece ser visitado com muita calma e nas horas de menor calor.
(Sei que também existe bilhete para 7 dias mas não sei o preço)
O horário de visita é das 5h às 18h00 e o ideal é chegar mesmo às 5h para conseguirmos apanhar o pôr do sol (as filas para a compra dos bilhetes é gigante).
Locais a visitar no complexo:
Angkor Thom - É absolutamente fabuloso e tem um conjunto de altos-relevos e estátuas verdadeiramente extraordinárias.
Ta Prohm - É um dos mais emblemáticos, arrebatadores e fotogénicos templos de Angkor. Ta Prohm permite imaginar como seriam os templos de Angkor Wat quando foram descobertos (complemente engolidos pela floresta). É também famoso pelo filme “Lara Croft: Tomb Raider”.
Angkor Wat. A qualquer hora do dia, o maior e mais importante templo de Angkor vale a visita. É especialmente belo ao nascer do sol, visto de fora.
Existem muitos monges a circular pelo complexo o torna o local mais especial e místico.
Banteay Srey - Uma espécie de templo em miniatura, com delicadas esculturas e altos-relevos.
Tive uma experiência incrível e muito tocante para mim, que foi ser abençoada por um monge e ainda hoje uso a pulseira que me colocou no braço esquerdo para me proteger, dar sorte e afugentar as más energias. Foi um momento muito especial.
Dicas para a visita ao templo:
- Levar roupa fresca e clara. O calor é muito, tal como a humidade;
- Ombros e joelhos têm de estar cobertos, por isso é importante levar uma roupa mais recatada para a entrada nos templos ser permitida. Em muitos templos não aceitam a solução de se usar um lenço sequer. Esta regra é para homens e mulheres;
- Levar água, protector solar, chapéus e afins. Tudo o que nos proteger do sol e da desidratação;
- Usar calçado muito, muito confortável.
- SOBRE SIEM REAP:
É uma pequena povoação que cresceu para dar apoio aos turistas que visitam diariamente os templos. É completamente turística e tem ruas e ruas de bares, discotecas e restaurantes. A Pub Street é um local de sucesso e muito procurado pelos turistas. Quando a noite cai em Siem Reap as ruas ficam lotadas, barulhentas e caóticas. Além da Pub Street existem mercados como o Angkor Nigtht Market, Siem Reap Art Center e Siem Reap Night Market.
Uma curiosidade: Siem Reap significa "Derrota dos Tailandeses", uma referência a uma guerra em que a Tailândia perdeu a cidade para os Camdodjanos.
Ficamos num hotel super central suficientemente perto para fazer tudo a pé mas suficientemente longe da confusão. A localização era perfeita assim como as condições do hotel.
O Hotelque escolhemos para ficar foi o Lynnaya Urban Resort (River). Muito confortável, com um quarto maravilhoso e um atendimento irrepreensível. No último dia sentia-me doente e o gerente do hotel providenciou uma carrinha para nos levar à farmácia sem custos para nós.
Ahh e lá fiz a melhor massagem aos pés e pernas de sempre. Foi tão boa que até adormeci (foi a primeira vez que adormeci numa massagem).
Numa das noites aproveitamos para ir ver um espectáculo de danças típicas do Cambodja e foi muito interessante. Cada dança tinha um significado e assim ficamos a conhecer mais dos mitos e cultura deles.
MOEDA / DINHEIRO:
A moeda oficial é o Riel, mas o dólar americano é bastante usado e aceite nos locais mais turísticos. Nós optamos por cambiar e usar a moeda local.
A época das chuvas éde Maio a Outubro, atingindo um pico no período de Julho a Setembro com chuvas praticamente diárias.
A época seca decorre de Outubro a Abril. De Novembro a Janeiro as temperaturas poderão estar mais baixas (à volta dos 20º), aumentando a partir de Fevereiro até Abril.
Nós estivemos no inicio de Outubro e apanhamos sol, chuva, muitoooooo calor e humidade.
VISTO:
O visto terá de ser solicitado antecipadamente no website e.visa e é super fácil e rápido de tratar. Após solicitação recebi o visto em apenas 2 dias.
Validade: O Visto de turista para o Cambodja é válido para estadias até 30 dias
Taxas: USD30
Extensão de Visto: É possível solicitar uma única extensão de Visto por mais 30 dias, junto dos departamentos de imigração e da Polícia Nacional
Documentos necessários: Passaporte com validade superior a 6 meses + 2 fotos tipo passe
Quando chegamos ao aeroporto temos de passar pelo controlo de passaportes e apresentar o visto. Foi um processo muito rápido e organizado.
Tive a oportunidade de visitar um dos maiores marcos de crueldade humana que já existiu. Todo o ambiente que me rodeava era pesado e era impossível não se sentir o tormento daquele local. Ainda me arrepio cada vez que penso em como aquele ambiente está impregnado de dor e tragédia.
A 27 de Janeiro de 1945, o Exército Vermelho libertou Auschwitz, o maior e mais terrível campo de extermínio nazi.
A minha visita a Auschwitz, começou pelo 1º campo de concentração (já que no total existem 3 campos construídos em anos diferentes) em que o portão de entrada tem uma frase "Arbeit macht frei" que significa o trabalho liberta (não podia haver mais sarcasmo nesta frase). O B da palavra Arbeit está invertido e há quem diga que foi um protesto dos prisioneiros que tiveram de fazer a peça de metal.
Auschwitz foi o maior e mais terrível campo de extermínio do regime nazi. Nas câmaras de gás e crematórios foram mortas pelo menos um milhão de pessoas (90% judeus).
No ponto alto do Holocausto, em 1944, eram assassinadas seis mil pessoas por dia. Auschwitz tornou-se o sinónimo do genocídio de judeu e de todos aqueles que eram perseguidos pelos nazis.
Auschwitz foi escolhido como o principal campo de concentração de extermínio por estar bem localizado, de forma central, em relação aos restantes que estavam dispersos por toda a Europa.
Quando chegavam aos campos de concentração, os prisioneiros, eram triados por um médico e um comandante que decidiam se as pessoas iam direccionar-se para os aposentos ou directamente para os crematórios. Tinham de deixar todos os seus bens e eram levados para um suposto banho. Eram fechados dentro de câmaras de gás e morriam em poucos segundos. Depois todos esses corpos eram levados para serem cremados. Ainda consegui ver câmaras de gás de pequenas dimensões e fornos onde eram cremados. Podem não acreditar mas ainda tem um cheiro de carne queimada... um cheiro de morte.
Foram criadas salas onde podem ver-se quantidades inacreditáveis de óculos, malas de viagem, sapatos de adultos e de crianças, pratos, próteses, canecas, cabelo em quantidades inacreditáveis (que rendiam dinheiro e eram usado para produção de almofadas) e corredores cheios de fotos dos prisioneiros.
Existe uma parede, que tem sempre flores, que era o local para onde muitos dos prisioneiros, eram levados e executados a tiro.
Há apenas uma sala que tem a fotografia de Adolf Hitler, que era a sala de julgamento.
Os nazis ainda tentaram eliminar todas as provas e ocultar os vestígios da tremenda crueldade, mas muito restou como prova.
O Exército vermelho conseguiu encontrar pouco menos de 10 mil corajosos sobreviventes.
É uma visita cruel e emocionante. Uma visita à malvadez, às atrocidades nazis e à estupidez humana. Saí de Auschwitz abalada e muito emocionada. A sentir-me grata por tudo o que tenho.
Tanto podia ser contado e relatado. Mas como se pode descrever o homicídio em escala industrial e a desumana exploração e escravidão de vidas humanas?
Todas as pessoas deviam ter a oportunidade de visitar Auschwitz. Não é apenas uma visita de interesse cultural, é um local onde a mais importante das lições deve ser tirada.
“Num lugar como este, as palavras falham. No fim, só pode haver um terrível silêncio, um silêncio que é um sentido grito dirigido a Deus: Porquê, Senhor, permaneceste em silêncio? Com pudeste tolerar isto? Onde estava Deus nesses dias? Porque esteve ele silencioso? Como pôde ele permitir esta matança sem fim, este triunfo do demónio?”
Um adeus ao ano que 2017 que podia facilmente resumir com uma única palavra: AMOR.
Foi um ano memorável, intenso e muito gratificante para mim. A minha vida mudou, tal como eu mudei.
O inicio do ano foi marcante porque nasceu o meu sobrinho/afilhado que é o meu maior tesouro e que me veio mostrar um tipo de amor que desconhecia até ao nascimento dele. É um menino lindo, cheio de vida e com o sorriso mais bonito de sempre. A minha irmã tornou-se mãe, e tal e qual como já previa, tornou-se na melhor mãe possível e admiro-a ainda mais por isso.
Este ano também fica marcado por ter tido o dia mais feliz da minha vida: o dia do meu casamento com o amor da minha vida, com aquele que quero que seja para sempre o meu maior apoio e companheiro de vida.
Depois do dia mais feliz da minha/nossas vidas seguimos para a nossa viagem de sonho: um mês de viagem pela Ásia onde conhecemos 5 países incríveis e totalmente diferentes. Ficam para sempre as memórias de um mês de sonho que nunca conseguirei descrever.
Foi um ano em que toda a minha família teve bem de saúde e que esteve sempre por perto, assim como os meus amigos.
Obrigada 2017, foste bom comigo e com os meus.
Depois de um ano como este, entro com muita energia e pretendo que 2018 seja ainda melhor e que traga muitas surpresas e momentos felizes.
Para todos vocês desejo, do fundo do coração, que consigam atingir todos os vossos objectivos, com muito amor.
Reza a lenda que, há muito tempo, quando o Vietname lutava contra os invasores chineses, os deuses enviaram uma família de dragões para os defender. Os dragões começaram a cuspir jade e jóias que depois se transformaram em ilhas, formando uma parede para os invasores.
Os locais conseguiram manter as suas terras seguras e foi assim que mais tarde se veio a formar o Vietname. Depois da invasão os dragões quiseram ficar a viver em terra, num local belo e em paz. Desta forma nasceu o local onde a mãe-dragão desceu e viveu. A "baía do dragão que desceu sobre o mar".
Este é o significado de Halong Bay, considerado Património da Humanidade pela Unesco.
Quase três horas foi o tempo que demorou a percorrer os 160 Kms que separam Hanói de Halong Bay. As estradas não são as melhores e o trânsito é desordenado e caótico.
Quando chegamos, bem perto da hora de almoço, fomos levados por um barco menor até ao barco que iria ser a nossa "casa" por dois dias. A nossa mesa para o almoço, no barco, estava assinalada com a bandeira de Portugal o que foi uma agradável surpresa.
Nesse mesmo dia fomos visitar uma aldeia flutuante, habitada por pescadores, que era absolutamente encantadora. Foi incrível ver a realidade de pessoas que nascem e vivem em cima da água. A mercearia é levada até eles de barco, assim como as crianças se deslocam para a escola.
Têm tudo o que é preciso em cima de estacas: quintais, hortas, canis e obviamente as suas habitações.
São notórios os poucos recursos que têm para viver mas a verdade é que o turismo tem rendido algum dinheiro mas nunca o suficiente. Mas a verdade é que vivem felizes na simplicidade do quotidiano e na paz da baía.
Na primeira, e única noite, tivemos antes do jantar uma aula de culinária em que fomos ensinados a rechear e enrolar o tradicional rolinho primavera vietnamita, o que foi bastante divertido e uma bela forma de nos relacionarmos com os restantes turistas.
Durante o jantar tivemos uma surpresa super agradável, por ser a nossa lua-de mel: um bolo e um ramo de flores para mim. Foi um momento muito bonito em que nos sentimos acarinhados por toda a tripulação.
No dia seguinte quando acordamos no barco, abri as janelas e uma sensação de paz e alegria entrou pelos olhos e pelo peito. Parece que alguém tinha pintado a paisagem e que escolheu de forma minuciosa as cores e as formas.
Depois do pequeno-almoço e da aula de Tai Chi, fizemos um passeio pela Surprise Case (Hang Sung Sot). A caverna não tinha nada de especial e de diferente e o que encantou, verdadeiramente, neste passeio foi a vista incrível da baía e a praia escondida e deserta que acabamos por descobrir.
Cruzeiro escolhido:
Nós optamos pelo Victory Star Cruise porque tinha tudo incluído: refeições, estadia e transferes entre hotel em Hánoi e barco em Halong Bay. Foi uma óptima escolha já que o barco tinha óptimas condições e a tripulação era incansável e profissional.
Foi uma experiência incrível e o ponto alto da nossa estadia no Vietname.
Não podiamos deixar de conhecer este lugar único que nos envolve numa mística quase indescritível, que é rodeado de milhares de ilhotas de vegetação densa que emergem de água verde do mar.
Num próximo post vou falar sobre as curiosidade do Vietname que descobrimos durante a viagem e que nos fizeram apaixonar ainda mais.
Foi sem dúvida a melhor surpresa da nossa viagem e não podíamos ter começado melhor a nossa viagem de 1 mês pela Ásia.
O VIETNAMEtem uma história dura e marcante. Foi ocupado pela China, França e invadido por uma variedade de outros países ao longo do tempo. É um país cuja História está largamente assente em guerras e sobrevivência. Mas é também um país que oferece paisagens incríveis e recordações inesquecíveis.
LOCALIZAÇÃO:
O Vietname está localizado no Sudeste Asiático e faz fronteira a norte com a China e a oeste com o Laos e o Camboja. A capital é Hanói, no norte do país e foi exactamente aqui que começamos a nossa viagem.
HÁNOI, CAPITAL DO VIETNAME:
É uma cidade vibrante, caótica mas organizada. Quando chegamos a Hanói não tivemos a melhor impressão, mas a verdade é que primeiro estranha-se mas depois entranha-se. Adorei cada bocadinho desta cidade frenética.
A capital respira história, como era de se esperar de uma cidade fundada há mais de 2 mil anos, e que passou por muitos anos de dominação chinesa e francesa, além de uma guerra devastadora contra os Estados Unidos.
A loucura da cidade é causada pelo trânsito desordenado e pela quantidade exagerada de motas que circulam. Vê-se praticamente tudo em cima das motas: famílias completas, animais, gaiolas, pneus, caixas e tudo o que nunca imaginaríamos ser transportado numa simples motinha.
Existem semáforos e passadeiras por toda a cidade mas, em geral, não são respeitados pelo que atravessar a rua é uma verdadeira aventura e teste aos nossos nervos.
A dica para atravessar a rua em segurança é ganhar coragem, seguir em frente e jamais recuar ou hesitar. Isso porque os condutores raramente param para o peão passar, apenas se desviam e com toda a calma possível.
O QUE VISITAR EM HANÓI:
1. Lago Hoan Kiem
É a zona central da cidade e um ponto de encontro para a população. É um óptimo local para relaxar, ler, namorar e conversar. E também uma zona maravilhosa para fugir do calor e refrescarmo-nos um pouco.
A margem do lago é muito bonita, cuidada e cheia de luzinhas à noite o que lhe dá ainda mais encanto.
Ao fim de semana (sexta-feira e sábado à noite) o trânsito à volta do lado fica cortado e as pessoas juntam-se em grupos para se divertirem e aproveitar a noite. Vimos inclusive grupos de vietnamitas a dançar todo o tipo de ritmos e a fazer espectáculos típicos da zona. Foi super divertido e deu para entrar no espírito da cidade. Foi uma óptima forma de passarmos a nossa última noite em Hanói.
O lago é o lar de várias tartarugas de carapaça mole e dizem as lendas locais que quem conseguir ver uma é um sinal de boa sorte.
O lago marca a divisão entre o Old Quarter e o Bairro Francês.
2. Old Quarter
Fica muito próximo do lago e é uma das principais zonas turísticas e comerciais da cidade. Esta zona está recheada de exemplos de arquitectura colonial francesa, lojas, restaurantes e templos budistas. Aqui respira-se a alma e a essência de Hanói.
As ruas são muito movimentadas, há lojas de todos os tipos e as próprias ruas são organizadas por temas (uma rua de calçado, uma rua de comida, uma rua de vestuário e por aí adiante). As ruas praticamente não têm passeios para os peões e por isso temos de estar sempre atentos às motas e às pessoas que estão sentadas nos mini banquinhos a comerem, falar e até às crianças a fazer os trabalhos de casa. É um ambiente caótico mas se prestarmos atenção às pessoas que nos rodeiam elas estão super tranquilas e serenas.
3. Templo Ngoc Son
Fica numa ilha no centro do lago Hoan Kiem e para chegar vamos por uma ponte super bonita em tons vermelho. No seu interior é possível encontrar algumas estátuas de bronze, artefactos antigos e um local de oração. O templo é pequenino, mas muito bonito. Vale a pena visitar e tem uma vista incrível sobre o lago e a cidade.
Horário: 07h30 – 17h30
Valor de Entrada: 20,000 dong (nem 1€)
4. Templo da Literatura (Van Mieu)
Foi construído em 1070 em homenagem a Confúcio. O Van Mieu foi a sede da primeira universidade vietnamita e possui jardins muito bonitos. A universidade que funcionou no local por 700 anos era restrita aos príncipes e à nobreza do país.
Vale muito a pena passear sem destino e com tempo na Capital do Vietname. É uma óptima experiência cultural e sensorial, já que os cheiros da cidade são bastante característicos.
ONDE DORMIR:
Nós optamos por ficar no Hotel Conifer, que é super central mas suficientemente longe da confusão e barulho das motas, acolhedor e com uma equipa super atenciosa.
Outro ponto a favor do hotel é ter uma Starbucks mesmo à frente e uma pastelaria deliciosa (paragem obrigatória).
GASTRONOMIA:
A comida vietnamita é considerada uma das culinárias mais saudáveis, ricas e deliciosas do Sudeste Asiático. Tem imensas influências e é realmente uma boa experiência. Lá comi os melhores spring rolls de sempre. De todos os países asiáticos, que já visitei, foi onde gostei mais da comida.
Recomendamos dois restaurantes que gostamos muito:
- Avalon (tem uma bela vista para o Lago Hoan Kiem, a comida é deliciosa e tem um ambiente agradável)
- Orchid (fica no Old Quarter e é um restaurante típico e sossegado ideal para experimentar a comida típica do Vietname)
VISTO:
- Os cidadãos portugueses precisam de visto para entrar em território vietnamita;
- Para a obtenção do Visto à chegada no Vietname através de um dos aeroportos internacionais, é sempre necessária a solicitação de uma carta de pré-aprovação junto de um dos muitos agentes. Caso a viagem seja organizada por uma agência de viagens o agente local ajuda a tratar do assunto, caso seja organizada pelo viajante pode ser tratado a partir do portal Vietnam-Visa.com;
- Tem uma validade de 30 a 90 dias;
- Os documentos necessários: passaporte com validade superior a 6 meses + carta de pré-aprovação + 2 fotos tipo passe;
- Taxas: USD 25 (visto no aeroporto).
MOEDA / DINHEIRO:
A moeda oficial do Vietname é o Dong (VND) . Os locais mais turísticos aceitam dólares (USD), mas dessa forma estaremos sempre sujeitos às taxas de câmbio dos comerciantes pelo que será preferível usar a moeda local.
Existem imensos locais para cambiar dinheiro e é sempre preferível cambiar € ou USD do que fazer levantamentos em caixas de ATM porque são sempre cobradas taxas.