As salas de cinema estão a fervilhar de filmes incríveis e a minha última escolha foi "A Rapariga Dinamarquesa".
Este filme é uma história de amor e coragem entre os pintores Einar e Gerda Wegener e retrata a história verídica de Lili Elbe. Foi adaptado do romance que foi baseado nos diários e cartas de Lili.
A história começa na década de 20 (do século XX) e acompanha toda a construção e transformação de Einar, até à década de 30 onde se transforma verdadeiramente em Lili, naquela que foi a primeira cirurgia de mudança de sexo.
Os primeiros minutos do filme levam-nos a conhecer a intimidade do casal que parece aparentemente perfeito já que ambos são grandes amantes de artes e as suas personalidades encaixam na perfeição.
Tudo começa a mudar e uma brincadeira abre a porta ao segredo mais profundo de Einar: o desejo de tornar-se mulher. Vemos aos poucos a transformação de Einar em Lili e a construção da sua identidade feminina de uma forma arrebatadora e intimista. O que antes era uma máscara passa a ser a sua realidade.
O actor Eddie Redmayne tem neste filme umas das suas melhores interpretações e a linguagem corporal é incrivelmente bem trabalhada mas, na minha opinião, a grande surpresa é o papel de Gerda, mulher de Einar, que é interpretado de uma forma magistral pela actriz Alicia Vikander que traz no olhar muito mais que palavras. Traz emoção.
Para mim Gerda foi a personagem principal em muitos momentos do filme e centra em si mesma a dor e a força em todo o processo de transformação do homem que tanto ama e com quem casou. O homem que nunca deixou de amar e de apoiar independentemente das escolhas e da sua dor e perda pessoal.
Aqui vemos a transexualidade ser retratada pela óptica de quem acompanha e de quem vive... Todos os momentos de dor, angústia, revolta, medo e conquistas são retratados de uma forma arrebatadora por estes dois actores que fizeram com que o filme fosse simplesmente arrebatador e emocionante.
(A banda sonora do filme é simplesmente extraordinária).
Este não é o meu corpo. Tenho de o deixar ir embora.
Eu ADORO ir ao cinema e continuo a achar que existe uma mística diferente no cinema que não conseguimos ter em casa.
O filme, "O Estagiário" não é uma super produção hollywoodiana, mas fez-me sorrir, rir e emocionar. Um filme com muito coração e absolutamente adorável.
Este é o mais novo filme de Nancy Meyers que tem dois maravilhosos actores como o Robert De Niro e Anne Hathaway. Vale a pena só por eles, certo?
É a história de uma união de amizade entre duas pessoas, improváveis, que dificilmente se cruzariam noutra circunstância senão a apresentada neste filme. Um senhor de 70 anos viúvo que resolve voltar ao activo por ter compreendido que a reforma não era o que imaginava e resolve candidatar-se a um estágio numa empresa que dirije um site de moda online, fundado e dirigido por Jules Ostin (Anne Hathaway).
O filme consegue explorar também outro elemento que é muito importante na nossa vida: o trabalho. No fundo, é uma história sobre o papel da amizade, do trabalho e do amor na nossa vida, em que cada um de nós se consegue rever de alguma forma e em algum momento na história.
O conflito de gerações rende umas boas piadas durante o filme mas o filme não fica parado neste tema e todos os temas anteriormente falados são tocados de uma forma muito delicada e divertida.
É um filme delicioso que fala de inseguranças e conflitos internos de diferentes pessoas com idades e vivências tão distintas: de um lado uma mulher jovem, inteligente,focada e um reformado que precisa de aprender a lidar com as novas tecnologias para se sentir útil.
Fica o trailer para verem:
Ouvi dizer uma vez que os músicos nunca se reformam. Param quando não têm mais música dentro deles, Bem, eu ainda tenho música dentro de mim. Tenho a certeza absoluta disso.