Siddhartha - Um Poema Indiano
Um livro escrito na primeira pessoa, no entanto a personagem principal, Siddhartha, fala sobre si próprio na terceira pessoa.
Siddhartha consegue fazer-nos emergir numa reflexão muito profunda sobre nós próprios, sobre o nosso crescimento e sobre os nossos sonhos. Gostava muito de o ter lido na adolescência quando ainda podia moldar muita coisa, mas provavelmente não daria a devida importância.
É perfeito para quem gosta particularmente de doutrinas orientais, como o hinduísmo e tenha curiosidade em descobrir um pouco mais sobre elas. É de leitura muito fácil e evolvente mesmo para quem não tem interesse ou curiosidade porque o livro de Hermann Hesse é sobretudo sobre reflexão.
Durante a leitura pensei muitas vezes nos pormenores simples da vida que tantas vez complicamos e Siddhartha alerta-nos para o facto de, muitas vezes, estarmos tão cegos para atingirmos um objectivo, que quando nos encontramos com o sonho sorrimos para ele e passamos ao lado para continuarmos à procura.
Mostra-nos também que tudo na vida é necessário, tudo faz parte de um ciclo: o sofrimento, a alegria, o erro. Sem experimentar tudo isto, não estamos completos. Nunca olharemos para as desgraças, para o sofrimento ou para a alegria dos outros com compreensão.
Não devemos procurar o sentido da vida mas vivê-la com o máximo de amor, paixão e compaixão. Para o nosso bem e de todos.
Normalmente escolho livros com temáticas diferentes mas este foi especial e marcante. Um livro que foi lido em plena Ásia o que ainda o tornou mais especial e marcante para mim.
“Os conhecimentos podem ser transmitidos, mas nunca a sabedoria.”