Um livro que ultrapassa a dor e que é pleno de amor, amizade, dedicação e vitória. Um livro que fala das lutas desumanas travadas por humanos fragilizados, vidas por vingar, heranças culturais perdidas e tantos os filhos órfãos de uma batalha esquecida... a guerra travada no Afeganistão.
As duas protagonistas desta história são duas mulheres diferentes e com histórias de vida completamente distintas mas com algo em comum: casaram com o mesmo homem... Um marido violento e castrador. Um marido que fazia com que vivessem numa constante luta de sobrevivência e num imenso clima de medo. Estas duas mulheres uniram-se na dor e tornaram a relação delas numa bonita união de amizade.
O medo que sentiam do marido era muito idêntico ao medo de viverem numa cidade, Cabul, que era fustigada pela guerra.
Além desta história de amizade e de união acompanhamos as imensas guerras travadas, a fome, a doença, a dor, a violência extrema, as bombas, a destruição, a morte e as imensas balas perdidas num país destruído, Afeganistão... É dor que se sente ao ler este livro, um aperto no coração em que quase se sente, quase se cheira e quase se sente o travo amargo de um sofrimento impossível de suportar.
Uma cultura destruída e massacrada de uma forma tão dolorosa em que tantos perderam a vida.
Como me sinto grata por viver numa sociedade que respeita as mulheres e que nos faz sentir importantes e apreciadas.
Khaled Hosseini escreve de uma forma realista e fluida sobre uma cultura tão dura. A verdade nas palavras deste escritor são como já disse uma vez: arrebatadoras e dilacerantes. O segundo livro que já li deste escritor e não o último porque estes relatos duros fazem com que me sinta abençoada por viver tão bem, porque não imagino a cicatriz interna que uma guerra causa.
O passado continha apenas uma sabedoria: o amor era um erro perigoso, e a sua cúmplice, a esperança, uma ilusão traiçoeira."
Este magnífico livro pode ser encarado, lido e interpretado de duas formas: uma incrível descrição da tradicional cultura japonesa ou um romance sobre a imensa sexualidade que rodeia o mundo e os mistérios das Gueixas.
Arthur Golden descreve minuciosamente a vida de Nitta Sayuri, abordando as tradições de um povo não liberal e todos os costumes da época, pré e pós 2ª guerra mundial.
Todo o livro é descrito aos olhos de uma menina, filha de um pescador, que se vai tornando ao longo da história na maior e mais famosa gueixa do Japão. E quando menos se espera vê-se forçada a mudar toda a sua vida durante a 2ª Guerra Mundial.
É tão rico em descrições, detalhes e emoções diversas. Conseguimos sentir toda a riqueza da história e imaginar perfeitamente todos os cenários e sentir profundamente as tristezas, amarguras e vitórias desta menina que se torna numa linda e delicada mulher.
Ao ler este livro consegui sentir amor, esperança, solidão, desespero e força, de tão bem escrito e descrito.
A menina de olhos azuis acinzentados, que aos nove anos foi vendida como escrava, conhece acidentalmente o homem que lhe roubou o coração e que fez com que lutasse para ser a melhor e a mais desejada Gueixa,.. O seu maior desejo era o "Presidente".
Tenho medo de estar a ser tendenciosa, porque tenho um imenso interesse pela cultura oriental. Mas a verdade, é que este livro também serve para reflectirmos sobre a efemeridade da vida, de como tudo o que acontece à nossa volta é grande ou pequeno, dependendo de como aquilo nos atinge, dependendo de como nos deixamos ser atingidos.
Leiam e apaixonem-se perdidamente por este livro e fiquem a conhecer o exaustivo processo de ser uma Gueixa. Consiste em saber dançar, cantar, tocar instrumentos, entreter através da conversa, seduzir com um único olhar qualquer homem, entre muitas outras coisas,
Ahhh.. Existe um filme baseado neste livro, que recomendo. Não se compara, como é óbvio, com a leitura do livro mas é muito bom.
Um livro que cativa todas as crianças: as que ainda o são, as que já o foram um dia e as que nunca deixarão de o ser.
(Eu enquadro-me no grupo que nunca deixará de ser criança).
É impossível ficar indiferente à simplicidade deste livro.
Impossível resistir aos momentos incrivelmente enternecedores e aos diálogos do príncipe, que nos deixam a pensar em pequenas coisas que nos desconcertam de tão simples que são.
Resumidamente, é a história de um pequeno príncipe que vive num pequeno planeta, onde passa o seu tempo a cuidar de três vulcões e da sua rosa.
Certo dia, ele toma uma decisão: abandonar a flor que ama, porque se sente cansado da sua vaidade e ir à descoberta do mundo que o rodeia.
Durante a sua viagem, vai conhecendo diferentes planetas onde conhece criaturas diferentes, até que alcança a Terra, o mais incompreensível dos planetas.
Em todos eles confronta-se com o egoísmo, e o planeta Terra não é excepção. Os habitantes mostram-se sempre apressados sem nunca saber qual o caminho para onde querem ir. Até que no deserto, conhece o aviador, e fica a conhecer o significado da palavra cativar.
Depois desta viagem de conhecimento decide voltar para o seu planeta com saudades da sua flor e dando-lhe muito mais valor.
E qual a principal mensagem deste livro?
Temos e devemos dar SEMPRE valor às verdadeiras amizades.
Não é necessário abandoná-las (como o principezinho fez com a flor) para sentirmos a sua falta. Muito pelo contrário... para que as verdadeiras amizades se construam e se tornem cada vez mais fortes é fundamental cuidarmos delas diariamente.
Um livro delicioso que merece ser relido vezes e vezes sem conta, pois cada leitura que se faz é uma viagem ao mundo encantado criado por Antoine de Saint-Exupéry. É um livro que deve e merece ser passado de gerações em gerações.
Em Outubro deste ano vai estrear o filme mais doce do ano, que vai de certeza enternecer todos os corações e fazer-nos sentir de novo crianças... Pois é... Finalmente vai haver um filme do Principezinho (Yuuuuupiiii).
Costumo sempre seleccionar a frase que mais me marca de cada livro e que mais revela a natureza dele.
No livro "O Principezinho" tenho algumas favoritas e não consegui escolher só uma:
- "Tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas";
- "O essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o coração";
- "É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou";
- "Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante";
- "O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca".
Em todas as frases destaca-se, mais do que tudo, a importância da amizade e do amor. Nada na vida fará sentido se não valorizarmos estes dois sentimentos.
Cada um que passa na nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra. Cada um que passa na nossa vida, passa sozinho, mas não vai só nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas há os que não levam nada. Essa é a maior responsabilidade de nossa vida, e a prova de que duas almas não se encontram ao acaso.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não houve música, quem não encontra graça em si mesmo... Morre lentamente quem se torna escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem nunca muda de marca, não arrisca vestir uma cor nova, quem não conversa com quem não conhece... Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho ou amor, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos...".
Eu sei, eu sei... O Dia Mundial do Livro foi ontem, mas não tive oportunidade de homenagear atempadamente o dia. Mas não quero deixar de o fazer.
Ler é um dos enormes prazer da minha vida e que faço desde sempre... Muito por influência da minha irmã que me aconselha sempre os melhores livros.
Ler traz-nos uma enorme sensação de estarmos acompanhados mesmo quando estamos sozinhos e faz-nos viver mil e uma vidas numa só.
Os livros não nos tiram a fome, não acabam com a miséria ou com as injustiças que nos rodeiam, mas consolam-nos a alma e fazem-nos sonhar. Ao contrário daquilo que muitos pensam, os livros não nos dão sono... dão-nos sonhos.
Quando compro um livro adoro o cheiro dele... Adoro folhear o livro e fazer dele um "objecto" de adoração... E depois sim, começar a perder-me nele!
Somos o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e das pessoas que amamos,
Um livro que me "roubou" uma noite... Comecei a ler e não consegui parar até o acabar... Delicioso!
Uma história que se passa no Chipre, na ilha Negra e que narra a história de amizade entre um carteiro e um poeta de grande sucesso: Pablo Neruda.
Mario Jiménez, um jovem pescador, decide, um dia, que não foi talhado para os trabalhos no mar e resolve abandonar o seu ofício para se tornar carteiro, tornando-se assim no carteiro do poeta Pablo Neruda, o único que recebe e envia correspondência na Ilha Negra.
Mario sente uma enorme admiração por Pablo Neruda e aguarda o dia em que aconteça mais do que uma breve troca de palavras ou o simples gesto da gorjeta depois das entregas.
O seu desejo ver-se-à finalmente realizado e entre os dois vai estabelecer-se uma relação muito peculiar e lentamente vai nascendo uma amizade entre ambos que ficará para sempre.
O empregado dos correios, apaixonadíssimo pela bela jovem da estalagem, Beatriz González, pede ajuda a Pablo Neruda, para com os seus poemas, conquistar o coração da sua amada. Mais tarde acabam mesmo por casar-se e tendo como testemunha o próprio Pablo Neruda.
Entretanto o poeta é nomeado para embaixador do Chile em França. Com isto, a vida de ambos tomou rumos diferentes, mas o sentido da amizade prevaleceu.
Mas com a partida de Neruda, Mario entrega-se a sentimentos de revolta com a vida e com a sua condição social.
Tempos mais tarde, deparado com uma doença que o levará à morte, Pablo Neruda, volta à ilha, local de que tinha saudades.
Não tardou que o poeta fosse levado para Santiago, onde viria a morrer na Clínica Santa Maria, a 23 de Setembro de 1973. A televisão noticiou a morte de Neruda. Mario não dormiu nessa noite e, por volta das cinco da manhã, vieram-no buscar para uma acção de rotina. O que aconteceu ninguém sabe, mas a consciência política pode revelar-se um perigo quando serve para despertar outras ...
Embora bastante ficcionada, a história é um verdadeiro poema e um hino à liberdade mas que também consegue transmitir a quem o lê de que nunca é tarde para mudar de vida ou que é possível todos os dias aprendermos algo novo.
A adorável “Inocência” de Mário e a dedicação que dispensou ao poeta fez com que que o livro me arrancasse bastantes sorrisos e algumas gargalhadas, na fase inicial.
Este livro escrito de uma forma poética quase cantada, mas ao mesmo tempo cómico, pela “pureza” dos seus personagens.
O autor deixa transparecer claramente uma certa ”mágoa” pelo destino do Chile e é notória a admiração por Neruda e por Salvador Allende e, em várias ocasiões, mostra claramente as suas opções políticas (ou não tivesse Skármeta sido obrigado a exilar-se durante 16 anos).
Adorei este livro, pela emoção que me fez sentir.
É definitivamente um livro a ler (pelo menos uma vez na vida) e é tão pequenino que não há como ser cansativo ou maçudo.
O Carteiro de Pablo Neruda deu origem a duas versões cinematográficas sendo a segunda um estrondoso êxito. Um filme realizado por Michael Radford sobre a amizade entre o poeta chileno Pablo Neruda e um humilde carteiro que deseja aprender a fazer poesia.
E não podia deixar de falar de livros hoje... Afinal é o Dia Mundial do Livro e para mim é um enorme prazer ler.
Pensa que um elefante tem o mesmo número de letras que mariposa e é muito maior e não voa.